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Criar uma Start-up – um futuro viável?

​O conceito ‘Start-Up’ é já comum no vocabulário português. Não se trata só de uma “palavra cara” ou de um estrangeirismo mas sim do início de um caminho a seguir. Na realidade, esta pode ser uma opção para pessoas que tenham uma ideia e que acreditem que esta pode vencer; pode ser uma estratégia para sair do desemprego; pode ser um plano para jovens que acreditem nas suas capacidades como gestores e pode até ser uma escolha para quem quer ser “patrão de si mesmo”.


Parece fácil mas constituir uma Start-Up tem muito que se lhe diga. Exige todo um planeamento, estudos de mercado e, o mais importante, a identificação de uma necessidade. Não pode existir negócio de sucesso se este não satisfizer uma necessidade que a sociedade apresente. O ser humano presta atenção a algo que lhe está a ser oferecido se isto corresponder a algo que ele quer ou precisa.


São cada vez mais (e cada vez mais exigentes), os programas que apoiam a criação de negócios. Desde planos desenvolvidos por entidades nacionais, a bancos ou até mesmo investidores privados, já vários se adaptaram a esta “moda” e criaram linhas de crédito especiais para quem precisar de apoio financeiro na fundação da sua empresa.


Qualquer que seja a opção escolhida pelo empreendedor, aconselhamos sempre o mesmo a executar um plano bem desenhado e pormenorizado antes de procurar qualquer tipo de apoio.


São vários os casos de sucesso falados pelo país. Inclusive, existem Start-Ups portuguesas que já estão “nas bocas do mundo”. No entanto, existem fatores que o empreendedor tem de ter em conta. Na entrevista que já havíamos apresentado com o economista João César das Neves, o mesmo falava-nos da importância da “tradição” para a economia portuguesa. Já o empresário Tim Vieira falou-nos da questão de ser preciso deixar que a paixão pelo nosso projeto tivesse de evoluir para profissionalismo e não para amor. “O amor é cego. Faz-nos fazer coisas estúpidas”. Pegando nestes dois fatores (Tradição+Amor), em Portugal não existe uma cultura de sabermos quando devemos deixar o negócio partir para outras mãos. Esta é uma prática comum em países como os EUA, onde os negócios são vendidos ou passam a ser geridos por outras pessoas que não os seus criadores. Na realidade, é assim que se constroem impérios.


Apesar das diversas linhas de crédito existentes, estas também se encontram num valor bastante inferior ao que é oferecido noutros países. Existe muito investimento mas de baixo valor. Daí a importância de ter um plano bem elaborado e com projeção futura pois do pouco o empreendedor português terá de fazer muito.


As Start-Ups portuguesas podem ser uma “Billion Dolar Idea” mas, para isso, os empreendedores portugueses necessitam de olhar para o mercado como ele realmente é num todo: todas as suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ter uma “Billion Dolar Idea” requere ter uma “Billion Dolar Vision”.

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