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From Kibera with love

“Não fui eu que escolhi Kibera, foi Kibera me escolheu a mim”. Esta é a resposta de Marta Baeta, a nossa entrevistada, quando lhe perguntámos porque é que tinha escolhido a Kibera para fazer voluntariado. Marta decidiu ter esta experiência através de uma organização chamada AIESEC. Ao fazer a escolha do local para onde iria, a voluntária teve de escolher Kibera, no Quénia. Esta é considerada a maior favela do mundo com cerca de 2,5 milhões de habitantes e foi para aqui que Marta decidiu ir pois “Quando imaginei as condições em que as pessoas sobreviviam em Kibera, depois de pesquisar muita coisa, decidi que tinha de ver pelos meus próprios olhos, eu própria tinha de vir viver esta realidade.


Parece uma escolha aventureira? Este foi apenas o começo daquela que se tornou a “experiência da vida” para Marta Baeta. Em 2013, esta jovem colocou 16 crianças numa escola primária pública. Não fazendo ideia que a educação pública era gratuita, Marta descobriu um esquema de corrupção, onde exigiam o pagamento de inscrição, alimentação, aulas extra e muito mais. Para além disto, todos os recibos passados eram falsos.


Obrigada a sair do Quénia, depois de desmascarar este esquema, Marta fez tudo para poder voltar à favela onde ainda havia tanto por fazer. Conseguiu e criou o projeto “From Kibera with Love”, com o qual tem feito de tudo para conseguir ajudar as crianças e as suas famílias, de forma a serem mais sustentáveis.


“Sempre tive este sonho mas nunca achei que o mesmo se realizasse assim tão facilmente. Sabia que não iria ter uma vida normal como a maior parte das pessoas, não era isso que queria para mim. Queria fazer parte de uma grande ONG para aprender com os melhores, nunca pensei criar uma coisa minha de raiz.


Marta Baeta gere todo o projeto, contando com o apoio de muitos portugueses, que vão conhecendo o projeto e se interessam por ele. Também existem pessoas do Quénia a ajudá-la (locais e estrangeiros residentes). Já começaram a chegar voluntários de Portugal, que residem juntos numa casa e existem ainda grupos de voluntários no Porto, Lisboa, Barreiro e Pico, que trabalham a partir de Portugal.


As barreiras a enfrentar são também muitas. Marta Baeta enfrenta o racismo por ser branca. A ideia que têm é que por ser branca tem de ter dinheiro e, por isso, tem de pagar caro por tudo. A língua pode ser um entrave: muitas pessoas só falam o swahili ou o dialeto da tribo a que pertencem.


Mas nem tudo são espinhos, o projeto “From Kibera with Love” tem trazido resultados para as crianças e as suas famílias. A sua qualidade de vida está a melhorar aos poucos. O trabalho de Marta é reconhecido: “O ano passado nasceu uma bebé, numa das famílias que apoio desde o começo, cujo nome é Marta Baeta exatamente como eu. É maravilhoso ver a diferença que o From Kibera With Love provocou nestas crianças, na sua maneira de ser, no seu carácter, nas suas ações. Tudo melhorou.


Quanto ao futuro desta empreendedora social? “Aqui, com filhos aqui e a ajudar cada vez mais crianças e mais pessoas (…) quero seguir com este projeto para sempre. Espero pelo dia em que algumas das primeiras crianças que estão no projeto desde o começo terminem a universidade e sigam com a sua vida, sem que dependam mais de mim. Depois disso é continuar a ajudar os mais pequenos e aqueles que se juntaram ao projeto mais tarde.


Deixamos o apelo de Marta para quem estiver interessado em ajudar o projeto “From Kibera with Love”:

“Conheçam o From Kibera With Love , partilhem o nosso trabalho com a vossa família e amigos. Façam um donativo para que possamos continuar o nosso trabalho ou comprem um dos nossos artigos de artesanato feitos em Kibera pelos pais das crianças que apoiamos e pela comunidade local.”


NIB:

0065 0924 00195900000 75


Contactos:

www.facebook.com/FromKiberaWithLove

fromkiberawithlove@gmail.com

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