Um animal não é uma despesa muito avultada se nós cumprirmos com as regras básicas da vacinação e desparasitação. Uma vacina ou desparasitante é capaz de custar entre 25 a 35€ (depende do tamanho do animal). Assim, evitamos uma despesa de 300€ ou mais porque prevenimos doenças como as gastroenterites (comum quando eles são pequenos).
O que devemos fazer é ter de parte um valor mensal que poderemos usar em vacinações e desparasitações. Serão 30 a 50€ por mês nos primeiros meses e entre 50 a 70€, uma vez ao ano.
Em relação aos animais de estimação temos duas hipóteses. Temos os animais mais problemáticos que são de raças definidas. O que é isto quer dizer? Para existir uma raça já têm de existir uma mãe e um pai iguais ou muito parecidos em termos genéticos. Como são muito parecidos expressam, com muito mais frequência, doenças genéticas.
Por exemplo, um labrador retriever tem como doenças de raça: doenças de pele, problemas de anca e otites. Torna-se um animal dispendioso de tratar.
O pastor alemão a mesma coisa – tem problemas de displasia de anca e são muito sensíveis na parte digestiva. Animais de raça têm mais tendência a ser mais dispendiosos porque têm mais sensibilidade. Temos de ter mais controlo nos tratamentos nas doenças desse animal.
Resumindo, quando pensamos em adotar um animal de raça ou não raça: nos casos de raça devemos estudar algumas características do seu comportamento. Temos de conhecer essa raça antes de o adquirirmos. Não basta gostar do fenótipo (a imagem). A desvantagem são os problemas genéticos que se vão repercutir geneticamente de pais para filhos.
Quanto ao animal sem raça, a vantagem é que podemos educar à nossa imagem. Não existe propriamente uma desvantagem. As raças foram criadas pelo homem, por uma manipulação da natureza. Quando acreditamos que é melhor ter um animal de raça, essa é uma ideia errada. As raças são imagens criadas pelo homem e que se distanciam mais do antepassado original do animal. Animais mestiços dão menos problemas.
Então, o custo de ter um animal depende dos custos básicos - ter ou não ter raça, do temperamento do animal e da alimentação. Quanto ao temperamento do animal, nós conseguimos controlá-lo. Cada vez que o animal está excitado não devemos ligar e devemos dar atenção e mimos quando o animal está normal para ele compreender que é bom estar mais tranquilo.
Os animais de raça pequena normalmente apelam muito ao coração das pessoas. Acham-lhes graça e recompensam-nos pelo comportamento excitável. Temos de os educar com a maior calma possível. Se estivermos sempre a mimar dificilmente o animal se vai tornar calmo. Facilmente chegamos a situações em que ele morde o dono ou tenta ganhar posse sobre o dono, exatamente por causa da educação.
Animais mais enérgicos podem dar mais custos na educação e na manutenção. Devemos fazer o possível para ter um animal calmo perto de nós. É fundamental tempo para o animal. Se não tivermos tempo, ele não consegue despender a sua energia.
Sendo um custo inicialmente mais reduzido, devemos ir mais vezes ao veterinário para pedir conselhos. Evitamos problemas e custos, associados aos mesmos, numa fase mais tardia.
Com a colaboração da Dra. Vanda Domingos