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Comunidade Vida e Paz – a história de uma ‘irmã’ empreendedora

O trabalho da Comunidade Vida e Paz é conhecido por muitos mas o que poucos sabem é que foi uma freira, a irmã Maria, que deu início a este projeto.


Temos mostrado na M.A.D.E que existem vários tipos de empreendedores e vários modelos de empreendedorismo. Hoje, mostramos que a profissão ou a crença também podem ser um incentivo ao tipo de projeto que vamos empreender.


Decorria o ano de 1989 quando a Comunidade Vida e Paz iniciou a sua atividade, ajudando os sem-abrigo das ruas de Lisboa. A criadora desta ideia foi, ‘nada mais, nada menos’, a irmã Maria Gonçalves Martins, uma freira que fazia sandes para dar às pessoas que dormiam nas ruas da capital. Foram surgindo alguns voluntários que a ajudavam na distribuição. E foi assim que surgiu a Comunidade, que hoje conhecemos como uma instituição bastante organizada e que reúne cerca de 120 funcionários, distribuídos por várias valências e 600 voluntários.


Os voluntários distribuem-se pelas chamadas “voltas” que são feitas todas as noites. Agora já não se distribuem só sandes mas uma refeição um pouco mais completa. É nas Festas de Natal, que acontecem já há vários anos, que se juntam mais voluntários e muitas ‘caras novas’. Falamos de comida, espetáculo mas também de outras componentes, às quais os sem-abrigo não têm acesso fácil durante o ano. Este cabeleireiro, apoio jurídico e espaço aberto ao diálogo. Um evento agendado para dias 18, 19 e 20 de Dezembro de 2015, na Cantina da Cidade Uuniversitária de Lisboa.


No trabalho do quotidiano, a missão não é apenas “dar uma refeição” mas sim usar este momento como forma de chegar ao diálogo com quem precisa de ajuda. A Comunidade tem acompanhamento e até mesmo apartamentos de reinserção e partilhados, para ajudar no processo de abandono das ruas, terapia (quando necessário) e construção de um projeto de vida.


Desengane-se quem pensa que a Comunidade Vida e Paz apoia somente os sem-abrigo. São cada vez mais as famílias carenciadas que precisam de ajuda por não terem condições de subsistência.


O processo tem sido logo. Se em 1988 se fazia uma abordagem de rua, enquanto se distribuíam sandes, a Comunidade não demorou muito a começar os encontros, o encaminhamento, convívios e dinâmicas. Em 1989, existiu uma primeira Sede provisória, na Cáritas de Lisboa e a primeira festa de Natal. Desde aí, tem sido uma instituição sempre em crescimento.


Parece um projeto ambicioso? E bem organizado? Até pode ser mas lembrem-se que começou com uma única ideia da irmã Maria.

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