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Profissões / O nome de uma "Casa"

Na altura eram cinco empregados, neste momento são só três, razões para isso!? "contingências de mercado, a construção acabou e grandes concorrências por parte dos supermercados e dos chineses".

Nome: Vitor Reis

Idade: 77 anos

Profissão: Comerciante

Local: Santarém


Na rua Serpa Pinto em Santarém ainda encontra muitas lojas, onde a qualidade é estimada e o atendimento personalizado é apreciado.

Foi lá que a M.A.D.E foi encontrar uma loja de ferragens á antiga, a Duartes e Reis Lda, que faz parte do percurso de vida até hoje deste comerciante.


Vitor Reis começou a trabalhar aos 12 anos, filho de pedreiro, já tinha algum conhecimento do que mais tarde se veio a tornar parte da sua vida. Trabalhou só numa empresa antes desta onde se encontra.

Chegou a tirar 2 cursos na associação comercial mas diz que o que mais o ensinou foi a prática, nunca se imaginou a fazer mais nada, porque ingressou neste ramo por gosto.


A "casa" onde está a empresa neste momento já existe desde 1935, e era do mesmo ramo de negócio de agora, no entanto este comerciante, só chegou aqui em 1960 como empregado, tinha cerca de 20 anos. Cinco anos mais tarde decidiu investir nesta "casa" tornando-se sócio, com mais quatro.


Na altura eram cinco empregados, neste momento são só três, razões para isso!? "contingências de mercado, a construção acabou e grandes concorrências por parte dos supermercados e dos chineses".

Embora haja algumas razões para preferir estes "inimigos", não são as mais obvias como se podia esperar, "ainda ontem teve aí um cliente que diz que foi ao AKI e que é tudo mais caro", "mas as pessoas como têm espaço para estacionar..., nós aqui, o espaço é quando há e é pago".


No entanto neste comercio tradicional, "explicamos, indicamos, ensinamos ao cliente como funciona, nas grandes superficies não.", continua-se a primar pelo atendimento personalizado.


No entanto, no entender de Vitor Reis, estas "casas" sofrem muito prejuizo, e sendo este insuportável, as casas fecham.


Na sobrevivência deste tipo de comercio está o fator importante que são os clientes fieis que ajudam a divulgar estas empresas com a publicidade boca-a-boca.


Este é mais um negócio que não vai ser herdado, porque nem o filho quer, nem Vitor Reis quer passar este negócio "vejo que neste momento este tipo de comércio não tem pés para andar".


A degradação da zona foi apresentada, também ela, como "inimiga" do comércio de rua, "o centro histórico de Santarém está totalmente degradado isso contribui também, independentemente da pressão do estcionamento, para haver poucos clientes".


A revitalização do centro histórico desta cidade e a restauração habitacional, convencem Vitor Reis de que fariam uma grande diferença no comercio de rua.

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