MEDO... existe uma infinidade de ideias para partilhar sobre este assunto...mas vou-me cingir a uma experiencia prática. Medo...todos o temos...todos o sentimos. Uns mais ao de leve outros com mais afinco. Uns sempre, outros menos ou raramente. Classificar pessoas como mais ou menos corajosas nao significa que estas tenham mais ou menos medo. As aparentemente corajosas talvez nao se deixem paralisar tanto por este sentir. O medo é algo que está em nós de forma natural, não fosse o medo do perigo e a habilidade de fugir quando o alerta dispara e possivelmente a nossa espécie nao tinha chegado aos dias de hoje, tinha-se ficado "pela boca de um urso pardo".
Se por um lado o medo é natural, por outro, a forma como o temos vindo a desenvolver e o tipo de energia que lhe damos transformou-o a si mesmo no urso pardo que habita na nossa sombra, com ou sem Sol. O alerta dispara mesmo quando não há perigo algum...como fizemos isto? "I dont know...". Algumas questões para pensarmos: De que tens medo? Porque tens medo? Há alguma coisa de real no teu sentir? Ou é um mundo de projeções sem fim? E o que fazes com o teu medo? Finges que ele não está lá varrendo-o para debaixo da carpete onde assentas a mesa onde comes? Escondê-lo atrás de um sorriso, de um trabalho ou roupa "distintos" onde o medo parece não combinar? Olhas para ele de frente? Permites-te a experimentar de facto esse medo? O que vou dizer agora é apenas a minha experiência e, como tal, tem o significado que tem...não quer dizer que seja uma fórmula para o que quer que seja, mas comigo tem funcionado.
Para mim, a melhor forma de lidar com o medo é mesmo colocar-me a jeito para que ele se esfregue em cada célula de mim. Deixo que ele venha, que ele me invada e faço o convite de coração aberto...permito-me ao desconforto...ao sentir...ao passar da mente e da projeção para a experiência direta. Quanto mais o convido mais ele teima em não querer vir, quanto mais me abro a senti-lo menos é possível senti-lo. Pode não acontecer à primeira, nem à segunda ou terceira (pois a projeção ainda está a trabalhar no momento da experiência) mas aos poucos a experiência direta vai ganhando terreno em prol da fantasia... e não é que... afinal aquela coisinha que dava tanto medo não era assim tão má.... e/ou até talvez boa?!
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