Ser mãe é, sem dúvida, uma das melhores experiências que uma mulher pode ter.
Se durante a gravidez a mulher vivencia um grande “empoderamento”, no pós-parto este “empoderamento” e a capacidade de fazer e ultrapassar tudo torna-se ainda mais forte.
A intuição e o instinto convertem-se nas maiores “bengalas” da mãe. Dádivas que irão permanecer para o resto da vida. Porém, os amigos, familiares e estranhos irão sempre questionar essas mesmas bengalas.
Qual é a mãe que não ouve frequentemente: “Não vais dar chucha ao bebé? Coitadinha, não deves ter descanso nenhum.” ou “Vais dar chucha ao bebé? Depois fica com os dentes tortos”. E ainda “O bebé dorme contigo? Estás a criar um monstro!” ou “Isso é birra e manha! Eu cá deixava-o a chorar sozinho no berço!”.
A mãe ouve tanta coisa que, por vezes, fica muito confusa e, no desespero, esquece-se das dádivas que lhe foram concedidas. Na verdade, vai ser sempre difícil não ouvir comentários deste tipo e igualmente, vai ser muito difícil não nos questionarmos acerca das nossas escolhas e atitudes para com os nossos filhos. Mais importante ainda é não descurar destas maravilhosas qualidades pois cada mãe é cada mãe e cada bebé é cada bebé.
Ser mãe acarreta uma série de mudanças físicas, psicológicas e emocionais. Tomar conta de outra pessoa, colocar as suas próprias necessidades para segundo plano e amar incondicionalmente, 24 horas, o seu bebé é sem dúvida uma tarefa que engloba muita responsabilidade e dedicação. A mãe tem, portanto, que se adaptar a uma nova vida e ao seu bebé. Durante o primeiro ano é muito importante para a vida do bebé viver num ambiente positivo e feliz, sentir que é amado e apoiado para que este não se sinta inseguro futuramente.
É essencial estimular o toque entre a mãe e a criança, interagir, cantar, mimar e olhar diretamente nos olhos do bebé para que este desenvolva confiança e se sinta em segurança. Se toda esta atenção for negligenciada, sobretudo no primeiro ano, casos como a apatia e a hiperatividade poderão aparecer. Os mais pequenos farão de tudo para alcançar atenção e se esta não for conseguida, a insegurança e a baixa autoestima irão manifestar-se.
Não obstante, é igualmente importante referir que saber mimar é saber dar liberdade ao filho para explorar o mundo. Dar atenção e mimar não significa criar dependência. Cair e sujar-se é perfeitamente normal. A mãe pode estar atenta mas não precisa de passar os medos para o seu bebé.
Sabemos também que vão haver muitos sonos interrompidos e falta de tempo para fazer as coisas de que se gosta. O cansaço e as más posturas, devido à amamentação e ao colo, também se irão manifestar, principalmente, as famosas dores lombares e as tendinites nos pulsos e nos braços.
Chorar é outra casualidade. Inicialmente esta é a única forma de comunicação do bebé para alertar a mãe que tem fome, sono, frio, entre outras coisas. Lidar com este acontecimento nem sempre é fácil e pode inclusive ser bastante cansativo e frustrante, tornando a mãe tensa e com falta de paciência. Sobretudo se o bebé chorar imenso.
O Yoga pode então ajudar não só a mãe mas também o bebé a encontrar o equilíbrio e bem-estar entre ambos.
Os mantras, por exemplo, ajudam bastante a equilibrar emocionalmente o estado da mãe e do bebé criando vibrações positivas. “Pranayama” também é outra técnica que promove o equilíbrio e aumento da energia vital da mãe. As “asanas” são uma ferramenta para ajudar a fortalecer novamente a região pélvica, abdominal, costas e útero.
No bebé, o yoga pode ajudar a melhorar os padrões de sono, estimular os sistemas digestivo e nervoso, bem como promover o desenvolvimento do cérebro através do tacto e da música.
Se o bebé dorme bem, os pais também dormem bem!
A minha filha tem sido a minha maior mestre no Yoga para Bebés. Adora quando lhe falo, quando lhe canto e quando lhe olho diretamente nos olhos. Ri muito quando lhe toco e brinco com ela através de várias posturas. E derrete-se, sobretudo, quando lhe dou muitos miminhos.
Que bom ter sido escolhida pela minha filha para ser mãe. Está a ser uma das minhas melhores experiências e aprendizagens de sempre.
Deixo aqui alguns benefícios que o yoga pode trazer para a mãe e para o bebé:
- Ajudar a melhorar os padrões de sono do bebé; - Promover a comunicação entre mãe e bebé; - Estimular os sistemas digestivo e nervoso do bebé; - Promover o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso do bebé através do tato; - Estimular futuras relações sociais positivas através da interação entre pais e bebés; - Incentivar a cura física e emocional pós-natal; - Fortalecer o corpo físico e harmonizar a mente da mãe; - Ajudar a energizar o corpo da mãe, bem como encontrar relaxamento.
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