O ego existe? Sim! É real? Não! Então é inventado? Sim... e é assim que existe, na invenção que se vive, experimenta e se assume como real. Somos ego? Não... Temos ego? Sim... Vivemos o que somos? Raramente! Vivemos o que o ego dita? Quase sempre. Então o que é verdade? É verdade aquilo que experiencias, já a origem daquilo que experiencias não existe a não ser no momento em que dizes que é daquela maneira e não da outra. Sentes na pele o resultado da escolha em que quiseste acreditar. E como se faz a escolha? Quase sempre com base naquilo que o ego acha certo ou errado, justo ou injusto, importante ou extremamente desnecessário. E é possível chegar a acordo nisto? Não! Cada ego inventa-se a seu próprio "prazer" constantemente, as variáveis mudam, os certos e errados também... e, para complicar, não mudam apenas as opiniões dos egos relativamente ao exterior mas acima de tudo mudam intrinsecamente! A ideia que tínhamos antes já não temos depois. E depois vem outra, depois outra e mais outra E como nos relacionamos connosco e com os outros no meio de tanta instabilidade? Não é fácil...estamos altamente vendados pelas nossas ideias e é com esses filtros inconstantes e inventados, que cada um jura a pés juntos que aquela é a Verdade, que daquela forma é que é justo, que fazer assim e assado é que é o certo. Há egos pessoais, egos nacionais, egos partidários, egos institucionais, egos religiosos...e cada um dispara a sua verdade contra a do outro na tentativa de sair vitorioso. Quem tem razão? Ninguém! Mas é assim que se geram os conflitos... Há opção? Há! É fácil? Não! É possível? Sim! "Trabalhos de casa até ao fim da vida": descodificar o que nos move! E quem está a ser movido? Quem é o eu que se move?
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