Formada em Terapia da Fala pela Escola Superior de Saúde de Alcoitão, Inês Silva sempre teve vontade de ter o seu próprio negócio e decidiu apostar na sua paixão, criando a Ipsis Verbis – Terapia da Fala ao Domicílio.
O que distingue esta empresa de outras da mesma área? O domicílio é uma área ainda muito pouco explorada na Terapia da Fala. Resume-se principalmente ao conforto, não só para quem está a receber a terapia mas para toda a família. Inês Silva é a responsável pela terapia a crianças, tendo ainda uma colega a colaborar na terapia para adultos. No caso das sessões com as crianças, o facto de serem ao domicílio fazem com que os pais não tenham de se deslocar com o filho depois de um dia de trabalho.
Para além de ser diferenciado por ser ao domicílio tem ainda uma componente informativa. Inês não se limita a fazer diagnósticos e dar consultas. Sente a responsabilidade de dar a conhecer mais acerca da Terapia da Fala e para o que é esta é usada.
A fundadora da Ipsis Verbis identifica algumas das áreas em que esta terapia pode ser usada: “Apesar de muitas pessoas não terem conhecimento, trabalhamos com bebés recém-nascidos, ainda na maternidade, quando estes mostram dificuldades na amamentação. Adultos com problemas de rouquidão ou idosos que se engasguem com facilidade, são alguns exemplos que normalmente não se sabe que os terapeutas da fala tratam”.
Atualmente, os clientes da Ipsis Verbis são maioritariamente crianças, em idade pré-escolar ou no 1º ano de escola, nas quais os professores identificam algum tipo de problema ou crianças cujos pais e adultos com quem convivem têm dificuldade em perceber o que elas dizem, começam a ficar preocupados e procuram ajuda.
A Ipsis Verbis faz consultas a 25€, em grande parte dos concelhos pertencentes ao distrito de Lisboa. As consultas podem ainda receber comparticipação do Estado ou de seguros de saúde. Inês explica-nos que este valor é significativamente mais acessível do que os preços praticados em clínica. O diagnóstico é feito de forma gratuita.
Inês Silva faz todo o trabalho de gestão e marketing. Tem feito das redes sociais suas aliadas e diz que gosta de ter toda esta responsabilidade. Gostava de vir a ter um espaço físico, uma clínica onde existam mais especialidades e com uma equipa maior. No entanto, afirma que ainda falta percorrer um longo caminho até lá chegar.
O que é preciso para se ser um jovem empreendedor? Segundo Inês, “Façam-no caso achem que têm oportunidade e disponibilidade para fazer algo seu. Não se esqueçam que é algo que dá muito trabalho. Não é só um trabalho das 9h às 17h. Também há trabalho a fazer de manhã e à noite. É importante encontrarem uma área pela qual sejam apaixonados e depois lutem por isso até ao fim, ultrapassando as adversidades.”