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Dieta do Paleolítico - a alimentação saudável vinda do passado


Estamos em 2016 mas se voltássemos 40000 anos atrás no tempo já poderíamos ver este tipo de alimentação. Bem-vindos à “Dieta do Paleolítico".


Quem pratica este tipo de alimentação defende que o genoma humano mudou pouco neste espaço de tempo (nos últimos 40000 anos) e os nossos corpos ainda não se adaptaram, de uma forma saudável, às modificações da dieta introduzida pela agricultura, que foi criada há cerca de 10000 anos atrás.


A Dieta do Paleolítico proíbe alimentos trazidos pela agricultura, como batatas, leguminosas e grãos (como milho, arroz ou trigo) e alimentos processados. As próprias plantas, que já existiam, foram modificadas de forma a produzir mais quantidade e alimentos mais doces - com maior teor de açúcar. O único "açúcar" permitido será o mel. Os praticantes podem também ingerir manteiga "ghee", que é feita só de gordura (são retiradas as proteínas de leite).


Pode-se comer, sem limites: ovos, peixe (de preferência gordo e de captura selvagem) e carne (de animais de caça e com pouca gordura saturada). Resumindo, esta será uma dieta com 40% de hidratos de carbono, provenientes dos vegetais; 30% de proteína, proveniente da carne, peixe e ovos; e 30% de gordura, de preferência não saturada.


Estivemos à conversa com Irena Macri, criadora do blog “Eat Drink Paleo”, uma referência para os seguidores ou curiosos da Dieta Paleolítica. Também autora de livros acerca do tema.


Irena explicou-nos que existem diversos mitos associados a este tipo de alimentação. Por exemplo, “as pessoas parecem pensar que é tudo sobre carne, contudo 70% da dieta paleo é baseada em plantas. Sim, tem elevadas proteínas e gordura mas acaba por ser uma dieta onde se comem mais vegetais do que um vegetariano. As pessoas pensam também que estamos a tentar replicar a era dos homens das cavernas. Não se preocupem, usamos iPhones e Facebook. Estamos muito longe do homem das cavernas. E todos comemos bolinhos!”


Segundo a especialista, o mais importante será o foco no ‘não processado’. Escolher boa qualidade, ter uma boa fonte de carne e peixe e apoiar produtores locais. “Basicamente, viver como os nossos tetravôs viviam. Isto significa que vamos acabar por cozinhar mais em casa mas não significa que não podemos comer fora. Já estive em Portugal e vocês têm uma produção fantástica, muito bom peixe e carne e vegetais frescos. E uma natureza linda!”


Uma das restrições desta dieta alimentar são as leguminosas, os legumes e o açúcar refinado. Porquê? Por serem carboidratos refinados. Contêm toxinas que podem afetar a nossa digestão e inflamar o nosso corpo. “O excesso de consumo de açúcar, especialmente refinado pode afetar a saúde e trazer problemas como cancro, obesidade e diabetes."


“É importante perceber que a dieta Paleo não tem uma fórmula que sirva para todos. A recomendação é experimentar durante 30 dias e depois reintroduzir alguma comida de volta para ver como é que a pessoa se sente. Se a pessoa conseguir tolerar manteiga, iogurte, queijo ou alguns feijões é porque esta não será a pior comida para si. Cada pessoa tem de perceber o que funciona consigo e com o seu corpo. A Paleo é só uma base.”


A revista M.A.D.E magazine foi saber como podia cozinhar tendo atenção a esta dieta.


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