“Quero ver se faço...”, “um dia gostava de ir/ de fazer...” e outras declarações que me fazem querer perguntar: “E o que é que já estás a fazer par que isso se realize? Sim, sei que usei o verbo “fazer” um número significativo de vezes. Foi propositado.
Sobrevivemos no “eu quero mas não faço, logo não acontece”. Aqueles que são diferentes, que optam por escolher um caminho fora do normal são uns “bacanos que não jogam com o baralho todo” ou que “têm um parafuso a menos”.
Afinal, a sociedade só quer o melhor para nós, certo? Não? Então vamos ver um exemplo: estive recentemente num serviço de urgências onde o tempo médio de espera para uma senha verde (a que tem menor prioridade), era de 3 horas e 20 minutos. É normal que as pessoas tenham fome e sede neste espaço de tempo. E qual é o serviço de alimentação disponível neste local? Uma máquina de cafés e uma máquina de comida, na qual posso afirmar que 80% da oferta são doces. Então não sabemos já que devemos evitar os açúcares refinados quando estamos doentes? (Por acaso até nem é só quando estamos doentes). O que me deixa doente (peço desculpa pela redundância), é ler os rótulos destes alimentos. Mas afinal trata-se de uma indústria. Estamos numa sociedade de consumo onde a indústria torna toda a alimentação mais aditiva para que a queiramos consumir. Mas vamos fechar os olhinhos e “bora lá” que a indústria agradece.
A transformação, o despertar para estas questões vem de dentro de cada um de nós. Se é mais fácil seguir o que a sociedade nos diz e o caminho que está mais à mão? Claro que sim! Mas espero ver o dia em que este grupinho de gente com “um parafuso a menos” fará cair esta indústria da adição.
O que se segue nesta Experiência? Tanta coisa que não me vou alongar muito mais para já mas fica uma pista: sim, a parte alimentar faz parte da mudança. “Me aguardem” pois ainda há muita coisa por acontecer.