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Dragão Barbudo


Dragão Barbudo

Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Sauropsida Ordem: Squamata

Família: Agamidae Género: Pogona Espécie: Pogona vitticeps Esperança média de vida: 7 a 12 anos.

Tamanho em adulto: Pode atingir os 60 centímetros.

Características Gerais

O dragão barbudo é originário da Austrália. Pode ser encontrado em zonas semi-desérticas, florestas secas e planícies de vegetação rasteira. Esta espécie é semi-arborícola e passa grande parte do seu tempo em árvores mortas e ramos secos, onde pode passar largas horas ao sol.

Temperamento

São possivelmente os répteis de estimação mais expressivos e sociáveis que conhecemos. O seu elevado grau de actividade, o vasto leque de gestos e comportamentos e a sua disponibilidade em interagir com o dono tornaram-no num dos mais populares lagartos de estimação. A melhor forma de pegar no animal é apoiando sempre a mão por baixo de modo a que este possa ter a barriga e todas as patas apoiadas e assim se sinta seguro. Nunca mostre medo do seu Dragão, avance para ele sempre com confiança, sinta que você é que domina e não deixe nunca essa situação se inverter. Manuseie-o regularmente para que ele não deixe de se habituar a si, mostre-lhe que é inofensivo, uma boa técnica para conseguir fazer relaxar o Dragão é aquecer uma toalha e aproxima-la do Dragão, ele provavelmente acomodar-se-á nela, se for á noite é provável que o dragão adormeça. muitos donos optam por dar comida á boca ao Dragão, isto não é benéfico pois o Dragão poderá associar o dono á comida, e naturalmente vai sempre procurar a comida da mão do dono, pode mesmo morder pensado que o dono leva comida, o Dragão pode ainda ganhar o hábito de só se alimentar na presença do dono, ou ainda num caso extremo pode habituar-se a só comer quando o dono lhe dá a comida à boca. Embora seja um animal fácil de manusear, não é aconselhado levá-lo à rua.


Comunicação

Arm Waving (acenar) Os Dragões por vezes fixam-se em três patas e utilizam a restante (dianteira) para fazer uma espécie de aceno, rodam a pata dianteira fazendo pequenos círculos no ar. Pensa-se que signifique submissão, pois normalmente, os Dragões fazem isto após o manuseio ou em resposta a outros dragões de hierarquia superior.


Head bobbing (abanar a cabeça na vertical) Este comportamento é mais típico nos machos e normalmente é acompanhado por um exibir da barba. Estes movimentos são feitos de modo rápido e brusco, ou seja movimentam a cabeça para cima e para baixo rapidamente, é mais acentuado na época de reprodução. Significa dominância, as fêmeas geralmente abanam a cabeça em sinal de submissão, os gestos são mais lentos, e não tem a mesma espontaneidade dos machos.


Bufar Este comportamento é próprio em vários répteis, tal como o exibir a barba, também pretende intimidar, podemos encarar este comportamento como um aviso.


Cauda levantada O Dragão levanta bastante a cauda quando não se sente seguro, quando está desconfiado, caracteriza o estado de alerta nesta espécie. Esta atitude pode também ser testemunhada nas fêmeas na época de acasalamento, serve para mostrar ao macho que está pronta para acasalar.


Exibir a barba Os Dragões exibem a barba, quando se sentem ameaçados, através da impulsão de um osso, esticam a pele da garganta que imediatamente fica preta, adoptam assim um ar mais feroz para tentar intimidar.


Morder Os Dragões são animais, portanto podem por vezes morder-se uns aos outros ou mesmo morder o seu dono, não devemos esquecer que são répteis e que existem sempre dias em que o este pode estar mais temperamental, respeite-o mas nunca mostre medo dele, é importante que perceba que quem domina é você.


Boca aberta Todos os répteis são animais de sangue frio, logo necessitam de se regularem termicamente por vezes para o fazerem necessitam de adoptar este comportamento. Serve para expelir o calor corporal que existe em excesso, se isto acontecer com frequência confirme as temperaturas, e se necessário baixe-as.


Terrário

A composição do terrário deve fornecer um ambiente o mais confortável e parecido com o natural possível origem, com temperaturas elevadas e ambiente muito seco. Deve instalar alguns elementos decorativos como ramos que permitam ao animal trepar. Deve ter dois esconderijos, um em cada lado do terrário, pode também colocar pedras e plantas de plástico. Se o terrário for de vidro ou transparente deve colocar um background ,pois torna-se mais confortável e este sente-se mais seguro. Quanto ao bebedouro, não é preciso um grande recipiente uma vez que isto será um incentivo a frequentes banhos e os dragões não são muito higiénicos, ou seja, muitas vezes defecam na água, por isso é preciso especial atenção com os bebedouros, é importante lavar o recipiente e mudar a água assiduamente. Dimensões: Devido à sua grande actividade esta espécie precisa de algum espaço. Para dragões pequenos e a título temporário, um terrário de 45*45*30 cm (comprimento*profundidade*altura), e em adultos 90*45*45 cm (mais uma vez C*P*L) será o ideal. É de salientar que estas são as medidas indicadas para apenas um dragão. É altamente desaconselhado manter dois machos juntos, mesmo que em juvenis tolerem a presença um do outro, ao crescerem rapidamente se tornaram agressivos e as lutas serão mais que frequentes. Podem ser alojados individualmente, em casais ou em grupos de fêmeas.


Aquecimento e Humidificação: a temperatura ambiente diurna no lado quente do terrário deve estar entre os 32ºc e os 35ºc, no lado frio 18º a 25ºc, no Basking spot (foco de calor que pode ser conseguido através de uma lâmpada envolvida por um material cerâmico que tem como objectivo focar a luminosidade e calor produzido pela lâmpada, é aqui que o Dragão vai apanhar os seus banhos de sol) recomenda-se 40 ºc a temperatura nocturna deverá estar entre os 18ºC e os 20ºc, já a humidade deve variar entre 10% e 30%. Se optar por utilizar lâmpadas de cerâmica opte por comprar também um bocal em cerâmica, pois os vulgares de plástico normalmente não aguentam a elevada temperatura e derretem. Nunca use pedras de aquecimento para répteis, estas podem provocar graves queimaduras no seu animal.

Uma vez que estes animais são exímios trepadores recomendamos que tape o topo do terrário com uma rede permitindo assim a ventilação e impedindo o animal de se evadir.


Iluminação: Verão: 14 horas de luz, 10 de noite; Inverno: 12 de dia e 12 de noite. Sendo desértico e tendo o hábito de passar largas horas ao Sol, este lagarto tem grandes necessidades de ultravioletas. Além de ser necessário manter as temperaturas ideais, não devemos esquecer que estamos a falar de animais de sangue frio, e que necessitam da luz solar para o seu desenvolvimento, para simular o espectro solar existem alguns dispositivos, conhecidas por lâmpadas de uvb/uva, todas estas lâmpadas existem numa escala que varia, tentado simular os diferentes espectro solares que incidem no nosso planeta, o dispositivo que deve ser utilizado neste caso é a lâmpada Repti-glo 10.0 da Exo-terra.


O dispositivo deve ser colocado de modo a que o Dragão consiga chegar até 20 cm da lâmpada, mas que não consiga alcança-la e a existência de ecrãs ou vidros impede a transmissão dos ultravioletas. Estas lâmpadas devem ser substituídas de 6 em 6 meses, porque depois desta data já não consegue emitir o mesmo espectro. Se esta lâmpada estiver ligada a um Temporizador, não será necessário ter que se preocupar em ter que acender e apagar a lâmpada, pois este fará o trabalho por si.


Substractos: O papel de cozinha apresenta-se como a melhor solução para cobrir o fundo do terrário, pois alem de não fazer mal ao animal, acaba por permitir um melhor controlo visual da alimentação e defecação do Dragão. Dispondo também da grande vantagem de ser descartável e portanto de fácil limpeza. Embora o papel seja a solução mais viável, acaba por ser pouco estético, por isso apresentamos mais duas soluções funcionais e mais estéticas do que a esta.

Uma delas passa pela argila, cobrir o chão do terrário com argila e deixar secar, quando seca a argila abre fendas, que dará muita graça ao terrário, depois é só passar uma camada de verniz não tóxico, ou então de cola branca, para dar mais resistência á argila, este substrato pode anda ser pintado desde que se utilize tintas não tóxicas também. Por fim a minha última sugestão passa pelas placas de xisto, estas placas podem ser distribuídas pelo fundo do terrário, se forem pequenas pedras em placas, podem ser coladas entre si, até formarem um “chão” sólido que em nada põem em risco a saúde do animal.A areia é por vezes apresentada como uma solução, no entanto não aconselhamos totalmente esta opção, os Dragões são répteis muito curiosos e gostam de comer ou “bicar” tudo o que aparece, como a areia é um substrato solto, por vezes o Dragão ingere areia em demasia e acaba por morrer por impactação. Assim, é por isso desaconselhado o uso de qualquer tipo de substrato solto.


Alimentação

O dragão barbudo é omnívoro e a sua dieta é constituída por pequenos grilos, baratas, vários tipos de larvas, vegetais e frutos. Alguns dos seus alimentos preferidos são: bróculos, cenoura raspada, couve de bruxelas, maçãs e bananas. Comem também lagartos mais pequenos, facto pelo qual os filhotes são muitas vezes retirados aos progenitores! Os alimentos devem ser polvilhados com suplementos vitamínicos específicos para répteis e suplementos de cálcio. A água deve ser sempre substituída, mantendo-se sempre fresca e limpa.


Um Dragão Barbudo deve ser alimentado de 2 a 3 vezes por dia, principalmente enquanto são pequenos. Enquanto bebé a alimentação deve equilibrar-se entre 80 % insectos e 20% vegetais e frutas, à medida que este cresce as percentagens vão-se invertendo até atingir o estado adulto, onde a alimentação deve variar entre 80 % de vegetais e frutos e apenas 20% insectos.


Em termos de alimentação insectívora, os grilos, baratas, ou gafanhotos, devem ser a base da alimentação, as larvas são gordas, logo devem ser dado como guloseima . Os vegetais e frutos, deve-se ir variando e dar um pouco de tudo. Os pinkies são uma fonte de carne que poderá dar ao seu Dragão adulto, contudo não é essencial para a sua alimentação, se optar por dar, dê com pouca frequência.

O suplemento de Cálcio é essencial para o bom desenvolvimento do Dragão, assim recomenda-se que se borrife os insectos 2-3 vezes por semana para Dragões adultos e todos os dias para bebés.

Em relação á agua, os Dragões não bebem água, eles retiram a agua necessária dos alimentos, no entanto às vezes apreciam molhar-se para baixar a temperatura, por isso deve existir um recipiente com agua dentro do terrário, que deve ser mudado regularmente e sempre que esteja sujo. Há uma regra que devemos ter sempre em conta, o tamanho do alimento nunca deve exceder a distância entre os dois olhos.

Matérias vegetais devem incluir: Repolho verde e repolho roxo, Couve, Couve galega, cenouras, Broto de cenoura, mostarda verde, Rúcula, salsa, Brotos de alfafa, uvas descascadas, Quiabo, feijões verdes, Alface romana, hibiscos, ervilhas verdes e folhas e flores de dente-de-leão. Todos os alimentos devem ser livres de pesticidas ou substancias agrotóxicas. Folhas e vegetais devem ser picados, ralados ou cortados em pedaços pequenos, com a mão ou uso de uma faca ou ralador ou até mesmo um processador de alimentos, e devem ser misturados de modo a evitar que o animal escolha o que vai comer.

Ração própria para Pogonas também pode ser oferecida, salpicando ou misturando com os outros alimentos. Deve ser usada como “complemento” e nunca como alimentação regular. Recomendado uma vez por semana apenas, já que uma dieta de ração é tão rica que pode levar rapidamente o animal a obesidade.


Saúde e Higiene

Em caso de qualquer anomalia no comportamento ou aparência do animal, devemos consultar sempre um veterinário especialista em Répteis. Para evitar problemas, devemos:

1 – Ter atenção à ameaça dos parasitas. 2 – Manter um bom suplemento de cálcio. 3 – Proporcionar-lhe uma refrescadela através de um borrifador, sempre fora do terrário. 4 – Se estranhar algum comportamento no seu animal, como perda de apetite, respiração ruidosa ou outro, visite imediatamente um veterinário especialista em animais exóticos e répteis. 5 – Dê banho ao Dragão, para estimular a sua actividade intestinal e para manter afastados os parasitas, especialmente na altura da muda de pele, dê também um banho, isto vai amolecer a pele morta, e ajuda-la a sair. 6 – Limpeza pontual do terrário sempre que necessário, uma vez por semana é por norma suficiente.

Segurança

1 – Para segurança do animal, as crianças devem ser sempre supervisionadas por adultos aquando da alimentação e manuseamento. 2 – Se o aquecimento for feito por lâmpada proteja sempre o equipamento ou coloque-o num ponto inatingível pelo Dragão, para que este nunca entre em contacto directamente com ele. 3 – Tenha cuidado com o alimento vivo que existe dentro do terrário, no caso dos grilos evite deixá-los durante a noite com o Dragão, pois muitas vezes e devido à fome, os grilos mordem o Dragão enquanto este está inactivo. 4 – Evite substractos soltos. 5 – Não utilize produtos tóxicos em nada que interaja com o Dragão. 6 – Certifique-se de que o terrário está bem ventilado.

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