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Saúde Sexual Masculina


"Nu Masculino", David

As disfunções sexuais masculinas são alterações sexuais que impedem uma vida sexual saudável e com prazer.


Há vários tipos de disfunções sexuais sendo as mais conhecidas e comuns:

- disfunção erétil (de ereção)

- disfunção ejaculatória (de ejaculação)

- disfunção de libido (de apetite sexual)

- disfunção orgásmica (de orgasmo)


Diagnóstico

A disfunção sexual pode atingir qualquer homem em qualquer idade, sendo mais comum do que se imagina.

É natural que nalgum momento, o homem experimente um episódio de disfunção. O complexo funcionamento da sexualidade humana oferece várias razões que podem afetar o desempenho do homem. Estes episódios só passam a ser preocupantes quando são frequentes e se interferem na qualidade de vida.


As causas podem ser divididas em:

A) Orgânicas

As que estão associadas aos distúrbios do organismo. Quando o aparelho sexual ou as substâncias importantes para seu funcionamento não estão bem. A principal característica é o fato de começarem de forma gradual e irem piorando lentamente até se tornarem comuns. Diabetes, tensão alta, problemas vasculares, uso de drogas, fumo e descontrole hormonal são os principais fatores orgânicos da disfunção sexual.


B) Psicológicas

Têm origem em experiências traumáticas ou conflitos inconscientes. Podem envolver um grande nível de stress e uma preocupação com o desempenho sexual que provoque ansiedade.


C) Mistas

Acontece quando os fatores psicológicos desencadeiam distúrbios no organismo ou vice-versa, causando um ciclo de causas tanto psicológicas como orgânicas.


As principais, por serem mais comuns, são:


DISFUNÇÃO ERÉTIL

A Disfunção erétil é a incapacidade parcial ou completa de atingir ou manter a ereção, até ao final da atividade sexual. O indivíduo pode não sentir excitação e prazer sexual. Deve-se a vários fatores, tanto de ordem emocional como biológica (orgânica): doenças diversas, uso de medicamentos, cirurgias, etc.

A ereção, vai depender do bom funcionamento dos sistemas neurológico e vascular, das hormonas sexuais e do estado psicológico do homem. É muito importante a interação da mente com o corpo.

Inicialmente é necessário identificar o que provocou a Disfunção Erétil. Por vezes uma única experiência de fracasso sexual, independentemente da causa, poderá transformar-se num problema sexual crónico. Nestas situações é muito importante saber a causa, se a origem é orgânica, ou psicológica, ou se ambas coexistem.


Disfuncâo Erétil de origem orgânica:

Não acontece abruptamente, vai ocorrendo ao longo do tempo (meses ou anos). O médico Urologista pedirá uma série de exames para identificar a causa:

Exame de sangue (glicose, colesterol, testosterona, prolactina).

Exame neurológico para verificar déficit neurológico. Se houver déficit ou lesão, novos exames serão pedidos.

Avaliação arterial. Ecodopler peniano

Avaliação dos testículos, se estão atrofiados ou não.

Sensibilidade do pénis.

Avaliação da próstata (depois dos 40 anos).

Teste de intumescência peniana noturna (se tem ereções noturnas).


Causas da Disfunção Erétil Orgânica:

Diabetes (não controlado).

Alcoolismo e uso de drogas

Traumatismo ou lesão craniana

Lesão da medula

Esclerose múltipla

Anemia

Insuficiência renal

Baixos níveis de Testosterona (o que ocorre também no processo de envelhecimento)

Atrofia dos testículos

AVC derrame cerebral


Alguns Fatores de risco para Disfunção Erétil:

Hipertensão arterial,

Doença coronária,

Fumo, alcool,

Stress

Traumas pélvicos

Obs: Os jovens podem apresentar ereção parcial, tendo como causa insuficiência venosa ou arterial.


Disfunção Erétil de origem psicológica:

Após a exclusão de componentes orgânicos na Disfunção Erétil, o paciente será encaminhado para Psicoterapia. A maior parte dos casos de Disfunção Erétil é de origem Psicológica. São vários os fatores psicológicos que podem provocar: a falta de ereção, a perda da ereção, ou ereções parciais.


Alguns desses fatores são:

Depressão

Baixa auto-estima

Ansiedade (faz com que aumente o nível de adrenalina no sangue, provocando a vasoconstrição das artérias e a perda da ereção).

Problemas profissionais (preocupações e pressão no trabalho).

Problemas financeiros

Insónia

Preocupação excessiva com o desempenho, a performance sexual.

O medo de fracassar

Preocupações com a vida conjugal, com os filhos.

Traumas de infância, falta de afeto, abusos.

Educação religiosa rígida

Criação muito repressiva

Exigências do parceiro

Má comunicação com parceiro

Culpa por infidelidade

Perda de atração sexual

Dificuldade em estimular o parceiro sexual


Causas Orgânicas e Psicológicas associadas:

A disfunção erétil de causa orgânica pode apresentar-se associada a fatores psicológicos, como também uma disfunção erétil Orgânica pode, secundariamente, desenvolver componentes psicológicos.


Tratamento da Disfunção Erétil

Os homens apresentam bastante dificuldade e resistência em procurar tratamento. Normalmente é a mulher ou a parceira, que preocupada ou insatisfeita, procura a ajuda de um especialista, para que o marido, ou companheiro se possa tratar. A participação da mulher no tratamento é muito importante mas, muitas vezes, o homem prefere ir sozinho às consultas, por sentir-se constrangido, por não querer que ninguém saiba o que está a acontecer.


Na Disfunção Erétil Orgânica, o médico Urologista iniciará o tratamento medicamentoso e irá orientar e sugerir ao paciente os métodos e recursos existentes para a resolução de sua disfunção.

Na Disfunção Erétil de origem Psicologica, o paciente será encaminhado para o tratamento Psicoterápico mais adequado ao seu caso


A verificação da disfunção passa por entender se o homem:

Tem ereção com uma parceira, mas perde a ereção durante a relação sexual

Tem ereções parciais

Tem ereções noturnas

Só tem ereções quando está sozinho

Nunca tem ereções


A Psicoterapia, trabalha com os factores psicológicos descritos acima como: depressão, ansiedade, medo de falhar, repressões, baixa autoestima, bloqueios, culpas, dificuldades sexuais, etc.

A Terapia Sexual: coloca o foco no comportamento sexual e fornece orientações práticas (técnicas, exercícios).

A Psicoterapia associada à Terapia Sexual tenta ter uma abrangência mais ampla, cobrindo tanto os problemas e dificuldades emocionais que mantém a disfunção, como seu comportamento sexual e necessárias modificações.



EJACULAÇÃO PRECOCE

É quando o homem não consegue controlar o reflexo da ejaculação. Pode ocorrer ocasionalmente.

O problema é quando esta situação se mantém constante, frustrando o homem e a sua parceira. Ocorre logo após a penetração, ou com a estimulação inicial.

Na grande maioria dos casos o problema é de ordem emocional, embora possam ocorrer casos de origem orgânica como: inflamações (pénis, próstata, uretra), disfunção erétil e problemas da próstata.

Pode muitas vezes relacionar-se com a expectativa do homem satisfazer a parceira, o que gera ansiedade condicionada à situação sexual.

Acontece mais com jovens, no início de sua vida sexual, pela pouca experiência, pela ansiedade e pelas situações sexuais. Pode ocorrer com um parceiro novo, como resultado de pouca atividade sexual; com o tipo de situação sexual; com a falta de experiência e conhecimentos sobre controlo ejaculatório; por excesso de ejaculações rápidas devido às pressões externas. etc...


Tratamento da Ejaculação Precoce:

Assim como ocorre na Disfunção Erétil, os homens apresentam bastante resistência a procurar tratamento, principalmente por se tratar de uma disfunção ligada a fatores emocionais e atingir tão diretamente a esfera sexual.

O importante é ter a compreensão de que a ejaculação precoce ocorre com um número significativo de homens e que a Terapia Sexual pode ajudá-lo. É importante dar o primeiro passo para a resolução de um problema se este o está a deixar frustrado, decepcionando e se a sua auto-estima está baixa.

No tratamento são ensinadas técnicas de exercícios para o controle do reflexo ejaculatório, como a técnica de parar – começar (Semans,1956) e a técnica de apertar, que é a Técnica da compressão - Squeeze ( Masters e Johnson,1970).

Além disso podem ser receitados medicamentos pelo médico Urologista, ou Psiquiatra.

Quando for possível, é importante a participação da mulher ou companheira no tratamento.

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