Se parássemos e olhássemos p´ra fora da janela...apenas alguns metros acima do chão... É tudo tão calmo, tão perfeito... harmonioso. Não há conflito, não há luta, não há competição, não há tentativas de nada. Nada tenta e tudo consegue na perfeição. Não há nada para decidir, há apenas fluir.
Há existência plena expressa num movimento constante e equilibrado. O vento que sopra na pele das folhas ... acariciando cada uma de maneira diferente, nenhuma se importa de tocar na outra, não há espaço delineado, todo o espaço é seu e nele tudo cabe. E cada árvore, cada ramo, cada folha dança uma música só sua, conta a sua história num balançar único e ainda assim tão partilhado. Os pássaros voam embalados pela mesma melodia que o vento assobia, sibilante aos ouvidos sensíveis de um coração que bate tão rápido como as asas criando um tempo diferente do nosso. Apenas alguns metros acima do chão. E ainda me pedem que baixe à terra? Sou vento.