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Linhas para uma Alimentação Vegetariana Saudável


“Linhas para uma Alimentação Vegetariana Saudável” é o nome do estudo realizado pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável e a Direção-Geral de Saúde. Este estudo data de 2015 mas está ainda pouco divulgado para o público em geral.


«O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem como missão “melhorar o estado nutricional da população, incentivando a disponibilidade física e económica de alimentos constituintes de um padrão alimentar saudável e criar as condições para que a população os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas diárias.” Com a edição deste “Linhas de Orientação para uma Alimentação Vegetariana Saudável” cumprem-se parte destes pressupostos, dando a conhecer e valorizando um modelo de consumo alimentar saudável junto da população e criando condições para que pela primeira vez, neste formato, em Portugal, os profissionais de saúde possam aceder a informação que lhes permitam ser mais conhecedores e competentes numa área em franca expansão.», afirma Pedro Graça, diretor do PNPAS.


Os Padrões Alimentares de origem vegetal remetem-nos para a Antiguidade Clássica. Por motivos filosóficos, religiosos ou de saúde vemos, cada vez mais, uma alimentação baseada nestes padrões. Sabemos, com bases científicas, que este tipo de alimentação reduz o risco de contrair doenças crónicas e isso torna-o cada vez mais apelativo.


O estudo indica-nos que devemos adequar a alimentação vegetariana, tal como acontece noutros regimes alimentares, a fases por que passamos no nosso ciclo de vida: a infância, a adolescência, a gravidez ou a lactação, a fase idosa… não devemos descorar das nossas necessidades ao longo do nosso desenvolvimento.


Sabia que uma das principais razões apontadas para seguir uma dieta vegetariana são as questões ambientais? Estamos perante um esforço dos organismos de saúde para que se siga uma “Dieta Sustentável”, conceito que parece trazer cada vez mais seguidores. Temos também uma forte presença das questões relacionadas com os direitos dos animais.


“O crescente interesse dos cidadãos pelas dietas vegetarianas e a procura de alternativas alimentares saudáveis tem estimulado o crescimento de um nicho de mercado”. A oferta é crescente, quer de produtos, quer de receitas. E aqui, claramente, não podemos deixar de falar da influência do acesso à informação: a internet e os meios de comunicação, no geral, são também responsáveis pelo fácil e rápido acesso às diversas informações sobre o vegetarianismo e as suas opções.


As “correntes” do vegetarianismo, chamemos-lhes assim, são as seguintes:

Ovolactovegetariana – exclui carne e pescado, permite ovos e laticínios

Lactovegetariana – exclui carne, pescado e ovos, permite laticínios

Ovovegetariana – exclui carne, pescado e laticínios, permite ovos

Vegetariana estrita e vegana – exclui todos os alimentos de origem animal


“Não se sabe, ao certo, quantos vegetarianos há no mundo, no entanto as estimativas apontam para um número crescente a cada ano. As estatísticas demonstram que nos EUA 7,3 milhões de pessoas possam ser vegetarianas, assim como 3,6 milhões no Reino Unido e 30.000 em Portugal.”


O que é essencial para obter o maior proveito de uma dieta vegetariana?

Adequá-la à fase do ciclo de vida em que nos encontramos e ao grau de atividade física que praticamos;

Ter sempre em conta o valor energético dos alimentos;

Não deixar faltar qualquer tipo de nutrientes e ter em atenção a não deficiência proteica;


“Quem segue um padrão alimentar vegetariano deverá privilegiar o consumo de gorduras monoinsaturadas (como o azeite) e evitar o consumo de gorduras hidrogenadas e trans presentes nos alimentos processados”;


“Portugal dispõe de uma variada produção de alimentos de origem vegetal ao longo do ano, de grande qualidade, bem como de uma tradição gastronómica que valoriza a presença de vegetais, a começar na sopa.”


Não se esqueça: “… seguir uma dieta vegetariana não implica, per se, melhor saúde. Mais e melhor saúde depende da escolha de um estilo de vida saudável, onde a alimentação é apenas uma de diversas escolhas.”

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