Pedro Ribeiro é um jovem cabeleireiro que prova que, apesar de novo, vocação para o seu trabalho não lhe falta. Quer seja a trabalhar na Maison Nuno Gama, na televisão, no teatro… basicamente, onde quer que possa desenvolver o seu talento. Vamos saber o que tem este jovem prodígio a dizer acerca dos portugueses e a sua relação com o cabelo.
Quanto ao cuidado que os portugueses têm com o seu cabelo, Pedro afirma que “ainda não estamos ao nível dos brasileiros, por exemplo, que se cuidam bastante”. No entanto, vemos o cabelo cada vez mais ligado ao status, “antes da roupa até…há pessoas que preferem investir 100€ em cabelo e vestem algo mais simples por terem feito esse investimento.”
Falámos acerca da relação entre cabeleireiro e cliente. Da já vasta experiência que Pedro Ribeiro tem, diz-nos que acaba por ter uma relação extraprofissional com as pessoas que trata. O facto de trabalhar como cabeleireiro em várias áreas, fazendo cabelos para espetáculos, para programas, para o quotidiano ou ocasiões especiais, leva-o a ter o seu trabalho reconhecido. “Fazia penteados para entretenimento na televisão. As pessoas já sabiam que era o meu trabalho”.
“Não temos a cultura dos produtos. O cabeleireiro acaba por ter um papel fundamental no aconselhamento. Vemos casos como escamação do couro cabeludo ou queda de cabelo e 90% destes casos passam pelos produtos usados”. Para a queda de cabelo, muitas das vezes, Pedro aconselha suplementos vitamínicos, pois uma das principais causas deste problema é a alimentação e a falta de vitamina.
Fique a saber que, ao contrário do que podemos imaginar a nível cultural, os homens têm mais preocupação com os produtos utilizados a nível capilar do que as mulheres. No geral, as senhoras preocupam-se mais com questões como a cor de cabelo. “Quando se começam a preocupar com os produtos normalmente é por motivos de saúde”. “Quero acreditar que as pessoas estão a ligar-se mais aos produtos profissionais. Tem tudo a ver com o PH.”
O homem é também mais irreverente e mais individual. No caso das senhoras assistimos a um atendimento maior a grupos (3/4 amigas). O cliente deve escolher o profissional que se adeque mais às suas exigências. “Eu dou luta até porque trabalhei com caracterização e, nesse meio, as pessoas são muito difíceis. Temos de ter noção da experiência de cada pessoa , acabando por fazer um pouco de coaching. Já sei que, por exemplo, se a pessoa quer fazer um corte muito curto e uma franja é porque precisa de mudar. Quanto mais vou conhecendo as pessoas mais as vou aconselhando”.
“As pessoas funcionam muito com referências. Penteei a Alexandra Lencastre durante 3 anos para um programa e as senhoras dessa idade queriam aquele penteado. Atualmente temos a Cristina Ferreira como referência. Há aqui uma ligação psicológica: aquela mulher que era ‘certinha’ e agora é uma ‘bomba’…as senhoras vão querer também sentir-se assim."
Falámos com o Pedro ainda acerca de tendências, ao que ele nos diz que atualmente se usa o descontraído. “Procuram-se muito penteados fáceis. Mas o mais importante é que a pessoa sinta confiança no momento em que se senta naquela cadeira. Os clientes têm de ficar a sentirem-se melhor, tanto por fora como por dentro”.
Quanto a nós, M.A.D.E, sugerimos que experimente colocar os seus cabelos nas mãos de um profissional em quem confie. Temos aqui um ótimo exemplo de um jovem cabeleireiro que mostra realmente um dom para fazer com que os seus clientes se sintam melhor, por vezes, com um simples penteado ou até mesmo com um pequeno conselho.