Todos desejamos ser felizes, no entanto, poucas são as pessoas que realmente desejam ser felizes. A maioria do estado diário de cada um de nós, é uma profunda infelicidade, isto porque, temos a dificuldade de conseguir equilibrar todas as áreas da nossa vida.
Na verdade, a felicidade muitas das vezes parece uma utopia, apenas uma ideia pré-concebida. Rotas de saída desta infelicidade que persegue a maioria, começa na religião e termina nos anti-depressivos. Cada um toma o seu caminho de fuga desta chamada "dor" que insiste em viver dentro do corpo.
Com o passar do tempo e com a azáfama do dia-a-dia, recorrendo cada vez mais à energia tecnológica criada pelo ser humano, deixamo-nos ir e desligamo-nos da energia que nos criou.
O que nos dá vida deixa de ser importante, e passamos a dar importância ao que dessa mesma energia foi criado. Separou-se a capacidade natural de Ser Feliz, de apenas contemplar, de apenas sentir, e nega-se a existência da Fonte Universal que energisa a fonte interna de cada um de nós, a Fonte de Alegria. Deixou-se de celebrar cada momento, cada segundo de alegria e de vida. Deixou-se de usar a vida como uma celebração. Deixou-se de saber que cada segundo é vida, e que vida é Alegria. Há que compreender que a felicidade não pode ser praticada, a felicidade é um estado natural em cada um de nós. Basta permitir que a felicidade e a alegria sejam apenas algo que vive dentro de nós, e que de nós mesmos faz parte.
Ter a coragem de deixar o apego diário aos bens materiais, ao trabalho que fazemos, e que a muitos não dá prazer nenhum, é a mesma coragem que a criança tem quando tem um brinquedo na mão e de repente o larga para ir dormir ou brincar com outra coisa. É este desapego infantil que nasce connosco e que o vamos esquecendo ao longo do nosso crescimento.
Cada vez mais somos educados para que se atingirmos o objectivo proposto, atingiremos um dos picos da felicidade. Até aqui nada está errado, mas errado está se não tivermos prazer nessa mesma acção. Fazer por fazer, irá ser feito, no entanto, tem de se ter prazer no acto de fazer, e aí sim, atingir-se-á a felicidade e a alegria aquando do objectivo atingido.
Muitos de nós esforça-mo-nos para atingir certos e determinados objectivos diários, seja para nós, seja para os outros, e isso leva a que nunca nos questionemos qual é o nosso lugar durante essa acção. Educar-mo-nos de que temos de ter o maior prazer e alegria na acção desempenhada, criará o hábito no nosso Eu, no nosso cérebro, de que, toda a acção que desempenhemos futuramente, terá prazer e alegria, e isso irá encher-nos de prazer, e começaremos a equilibrar a área da acção na nossa vida. Se essa acção, depois de muitas vezes repetida não der prazer, há que parar e mudar o que se está a fazer, porque em primeiro lugar está cada um de nós, e não o outro. A vida é nossa e não do outro.
Somos educados que devemos fazer pelos outros em detrimento de nós, sim, está certo, desde que dê prazer, alegria e felicidade, porque primeiro está a nossa vida. Há quem diga que isto cria carácter, mas o carácter apenas se cria quando existe consciência da sua criação e existência. Quando tomamos consciência do nosso carácter, temos o poder de o moldar e criar algo ainda mais belo, e isto sim, traz a alegria e a felicidade para o nosso dia, para a nossa vida.
Por isso, a felicidade e a alegria é algo que muitos de nós pensam que têm, mas no final do dia, deitados e prontos para dormir, sentem que realmente que o que fizeram nesse dia, não fez sentido, mas, quando o estavam a desempenhar, sentiram prazer. Somos educados a pensar que esse prazer/dor é alegria. Foi-nos incutido desde pequenos, e nunca tivemos a coragem e a ousadia de nos questionar e assumir o que realmente não nos dá prazer, e saír à procura da verdadeira felicidade. E para isso, há que voltar a reconectar com a Fonte Universal, a Fonte que nos Criou, e que quando éramos crianças acreditávamos cegamente nela. Está tudo dentro de nós. Está tudo a um esticar do braço, em direcção ao nosso coração.
O que é a felicidade? É o que te leva a percorrer num estado inconsciente/consciente, cheio de uma energia possante, que quando te deitas exausto, sentes que valeu a pena, e que repetias vezes e vezes seguidas, e se deres conta, terás um sorriso rasgado 24h por dia.