Hoje apresento-vos três plantas aromáticas e medicinais relativamente fáceis de ter em casa mas sobretudo de grande utilidade.
Limonete
Nome científico: Aloysia citriodora
Família: Verbenaceae
Nomes vulgares: Limonete, Lúcia-lima, Bela-luísa, Erva-luísa, Doce-lima, Limoário e Pessegueiro-inglês, verbena, cidrilha, cidró, cidrão, cedrina, salva-limão e falsa-erva-cidreira.
A planta é oriunda da América do Sul e foi introduzida na Europa nos finais do século XVIII por Portugueses e Espanhóis, sendo cultivado na Europa e Marrocos, como ornamental e aromática.
É um arbusto de folha caduca, lenhoso, de porte pequeno e ovóide que pode alcançar os 3 m de altura, podendo ter um ciclo de vida de mais de 20 anos.
Necessita de um clima temperado a temperado quente, é pouco resistente ao frio e às geadas. A boa luminosidade e um nível moderado de humidade atmosférica favorecem a síntese e acumulação de óleo essencial, sendo o ensombramento e o vento excessivo desfavoráveis.
As características do Limonete permitem a sua utilização como planta aromática, medicinal, condimentar e também ornamental. As folhas secas de Limonete (retêm o aroma durante anos!!) são utilizadas em infusões ou como condimento e as folhas frescas em saladas e sobremesas. Pode utilizar-se para aromatizar geleias, azeites e vinagres e ainda bebidas perfumadas como tisanas e licores. Na cosmética é utilizada na elaboração de perfumes, águas-de-colónia e pot-pourri. O óleo essencial e flavenóides têm propriedades anti-séptica e anti-inflamatórias .
Dica para uma infusão: aquecer a temperatura até cerca de 90ºC, deixar 3g/L em infusão durante 7 minutos, coar e servir. O deslumbrante verde brilhante esconde a intensidade do seu aroma frutado, realçando-se as notas cítricas da casca de limão. A intensidade e vivacidade tornam a sua persistência longa, perdurando deliciosas notas a limão.
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Erva príncipe
Nome científico: Cymbopogon citratus
Família: Poaceae
Nomes vulgares - Erva-Príncipe, Chá-príncipe, Cidreira, Erva-cidreira, Capim-limão, Capim-santo.
belgate, belgata, chá-de-estrada, chá-do-gabão, capim-cidrão, capim-cidrilho, capim-cidró, capim-de-cheiro, capim da lapa, capim-cheiroso, capim-catinga, patchuli, pachuli, capim-marinho, capim-membeca, palha de camelo, esquenanto e chá de caxinde (em Angola), caninha-de-cheiro ou cana-de-cheiro.
Espécie nativa do Sudeste Asiático encontrando-se distribuída nos trópicos e sub-trópicos sendo bastante cultivada na Ásia, África e Brasil, como planta medicinal e condimentar.
A Erva-Príncipe é uma gramínea perene com rizoma que se ramifica e de onde se diferenciam as folhas, formando aglomerações com aroma a limão intenso.
A Erva-Príncipe poderá estar em produção 3 a 5 anos, dependendo da fertilidade do solo, das condições climáticas e das técnicas culturais . As condições ideais para o seu desenvolvimento são clima quente e húmido, não tolerando temperaturas inferiores a 0 °C. Em climas frios poderá ser cultivada em vasos que se colocam em estufa nas épocas de temperatura mais baixa . O solo deverá ser de textura média, profundo e drenado, diminuindo a produção do óleo essencial em condições de compactação e de falta de água no solo.
A Erva-príncipe pode ser utilizada como planta medicinal e condimentar, para a indústria cosmética, farmacêutica e alimentar e pode ainda ter utilização ornamental em bordaduras de jardins. Nas regiões tropicais esta espécie é ainda utilizada para fins de protecção do solo contra a erosão, assim como as suas folhas são utilizadas como material de cobertura do solo.
Os caules frescos são usados como tempero, especialmente com peixe e carne e das suas folhas frescas ou secas faz-se uma infusão com aroma a limão, com propriedades digestivas, devendo ser devidamente filtrada para evitar a passagem dos pelos existentes nas folhas. O óleo de chá-príncipe utiliza-se na indústria de cosmética, como aromatizante na indústria alimentar e em farmacologia tem propriedades digestiva, analgésica, ansiolítica, anti-inflamatória e anti-microbiana.
Dica para um chá: Um bule com 3 folhas de chá príncipe, juntar água a ferver e deixar em infusão durante 7 minutos. Servir e re-aproveitar as folhas para um segundo chá. Mantém o sabor e propriedades.
Manjericão
Nome científico: Ocimum basilicum L. Família: Lamiaceae Nomes vulgares: Manjericão, alfádega, alfavaca, basílico, erva-real, manjerico-de-folha-grande
Terá tido origem africana e indiana (onde ainda é uma planta sagrada), sendo hoje cultivado em todo o mundo.
Planta herbácea anual com 20-60 cm de altura. As folhas com 3-5 cm de comprimento são ovadas, inteiras, de cor verde-escura e apresentam pequenas glândulas na página inferior. As flores são pequenas, de cor branca a rosada e a floração ocorre no final do verão.
As partes utilizadas são as folhas e os ramos e folhas para extracção do óleo essencial. As condições preferenciais são de clima quente e húmido, com temperaturas médias do ar superiores a 18ºC e protecção contra o vento, geadas e excesso de temperatura.
A medicina natural utiliza o manjericão nas dietas sem sal como tempero, devido ao seu aroma intenso. É também utilizado para temperar carne e aromatizar vinagres, e tem tradição na cozinha mediterrânea.
O óleo essencial tem um efeito estimulante do apetite e da digestão e externamente tem efeito anti-séptico e cicatrizante .
As vitamina A e C são algumas das vitaminas mais abundantes na folha do manjericão. São indicadas para o ardor ao urinar e para produzir compressas que devem ser aplicar nos mamilos doloridos das lactantes. Outra das características da folha do manjericão é o auxilio à boa circulação e dores reumáticas, bom também para tosse e resfriados. Boas para a digestão e reduzem a fadiga.
Rodearmos-nos de boas plantas é meio caminho andado para a felicidade. Mais novidades em breve e Bom Outono!