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Gatos, coleiras e guizos


Fonte: Pixabay

Os gatos devem utilizar coleira? Que tipo de coleira? Com ou sem guizo? São várias as questões relacionadas com este tema e as respostas podem ser motivo de controvérsia.


A presença de uma coleira num gato é bastante útil. Veja-se as coleiras luminosas ou com apliques fluorescentes; são, sem dúvida, vantajosas para a localização, visibilidade e consequente segurança de um gato que tenha acesso à rua. Por exemplo, um gato preto que atravesse uma estrada mal iluminada à noite será mais facilmente identificado pelos condutores se tiver colocada uma coleira deste género.




Outra utilidade, igualmente importante, é a identificação. Mesmo que o seu gato tenha o microchip (identificação eletrónica) aplicado, a presença de uma medalhinha com, pelo menos, o número de telefone do proprietário do animal facilitará o contacto do mesmo, se necessário.


No entanto, a presença de uma coleira representa algum risco. Estes animais tendem, naturalmente, a procurar estreitos esconderijos ou a atravessar passagens apertadas e, apesar da sua indiscutível agilidade, podem facilmente ficar presos algures pela coleira. As características do local e as tentativas desesperadas de fuga podem promover lesões graves e até enforcamento. É por este motivo que deverá preferir as coleiras que se abrem facilmente quando lhes é aplicada determinada força, que em algumas é personalizável de acordo com o peso do animal. Evite as coleiras de fivela, que apenas podem ser abertas por um humano, e as totalmente elásticas, que dificilmente permitem um ajuste correto. Quando aplicar uma coleira deverá garantir que consegue colocar um a dois dedos entre esta e o pescoço do gato; a coleira deve ficar ajustada e não demasiado apertada.


Quanto ao guizo, que já vem associado à maior parte de coleiras de gato disponíveis no mercado, a discórdia é maior. A presença do guizo claramente facilita-nos a localização de, por exemplo, um novo pequeno gatinho dentro de casa; são inúmeros os sítios impensáveis (por vezes perigosos) onde se pode esconder, sobretudo nos primeiros dias, em que o medo e a desconfiança estão mais presentes. No entanto, a sua natureza felina instiga-os a serem silenciosos, não só para que sejam predadores mais eficientes, mas também para serem presas mais difíceis. Um guizo constantemente presente destrói esta capacidade e isso poderá ser motivo de frustração para os gatos, cujo bem-estar e, consequentemente, a saúde ficam comprometidos. Sabe-se, porém, que alguns gatos podem ser suficientemente hábeis para se adaptar à presença do guizo, ajustando os seus movimentos de forma a evitar o som emitido.


Aconselho que o guizo seja evitado, mas concordo com a presença de uma coleira desde que segura (abertura fácil), fluorescente e com identificação atualizada nos gatos não esterilizados (que têm maior tendência para fugir de casa) e nos gatos com acesso à rua. As coleiras com GPS (Global Positioning System) são uma mais-valia, mas há que ter atenção àquelas questões de segurança.

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