Passou Dezembro. Passou a época festiva que provoca um frenesim em quase todos os lugares, nas casas de cada um, em cada pessoa, no sossego, na calma dos corações. Os olhares (da maioria) das crianças transformaram-se. Alegraram-se. Cantaram canções de Natal. Em família, muitas, fizeram o Presépio. As que tiveram a possibilidade, apanharam o musgo verde, no campo, na Charneca, para lá das cidades, onde o céu não tem fim. Outras, festejaram a época de muitas outras formas, consoante a sua circunstância… Para tantas, também, o pinheiro de Natal, a árvore repleta de cor e chocolates que convida até os mais crescidos. Muitas acreditaram no Pai Natal. E para o Ano, continuarão a esperar, a olhar ansiosamente para a chaminé. – E que bom que é acreditar! No Pai Natal e em muitas coisas. A vida constrói-se acreditando. Fazendo rascunhos até à arte final.
O Final do Ano e o início de um novo é como o encerrar de um ciclo, e o recomeço de um outro. A maioria dos Seres Humanos está preparada, desde sempre, para os inícios e para os fins – Muitas vezes não pensa nisso… mas está! Os rituais nesta época festiva, demarcam psicologicamente essa passagem e é salutar existir um momento que, se quiser, poderá festejar para dele se despedir e dar as boas vindas a outro. Poderemos dizer que o tempo não é um continuum, mas sim cíclico. Todas as etapas da vida têm um começo, um meio e um fim. – E isso, não é possível alterar.
Chegamos a Janeiro de 2017. O balanço fica para trás. A vida avança. A sua vida avança. Será tempo de concretização. Agora, o caminho é o Seu e é em frente! Tenha em mente, objectivos. Se necessário, faça listas, sublinhe, organize-se. Foque o que mais quer. Gaste energia apenas com o que de facto vale a pena. Corra no sentido que considerar importante para si. Menospreze o que não lhe faz falta. Faça o que mais lhe dá gosto. Fale com quem gosta de falar. (Mas diga ‘bom dia’ a quem não gosta!). Cante canções a quem entenda a sua voz e goste da sua melodia. Saia para a rua e tire os olhos do chão. Olhe o horizonte. Respire devagar. Olhe-se ao espelho. Acredite em si. Nas suas competências. No seu valor. Na sua forma de ser genuíno. Seja boa pessoa. Seja simples. Natural. Espontâneo. Sem esforço. Aja com naturalidade. – (Muitas vezes, não é fácil… Sabemos. Mas também sabemos que se nada fizermos para tentar que fique menos difícil, nada muda… Concorda?)
Com as crianças, crie rotinas divertidas. Brinque muito. Sem pressa. (Tente não ter pressa…). Sempre que possível saia de casa. Sente-se na areia, na relva, num banco de jardim. Desça no escorrega e ande de baloiço (Há quanto tempo não o faz?). Sente-se no chão e seja de vez em quando o rei ou rainha de uma história de encantar. Construa aquele castelo que há tempo prometeu, já no ano que passou…Sinta o som da música e dance. Faça, com as crianças desenhos em folhas de papel brancas e transforme-as na maior obra de arte de sempre. Não fale muito alto. Não diga as coisas todas de uma vez. Baixe-se e olhe nos seus olhos. Vá ao encontro de um mundo extraordinário! Não mande. Converse. Peça. Explique. Se for preciso… explique outra vez. Muito importante: Entenda! Se for preciso, questione de novo.
Sorria. Descomplique. Faça deste novo Ano, a sua história. A história das suas pessoas. Aquela que gostaria de ler.
Qual o nome que lhe irá dar? Já pensou?
Poderei dar uma sugestão:
“E um dia… eu consegui ser FELIZ para sempre.”