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Viver com e sem limites


Fonte: Pixabay

Pretendo debruçar-me sobre os limites… onde estão eles?

Se por um lado vivemos numa sociedade em que se esperam determinados comportamentos, por outro… bem, parece muitas vezes não haver tempo para os mesmos. Afinal, qual é o pai que nunca chegou a casa, depois de uma semana atarefada, e que ao ir ao supermercado com os mais pequenos acaba por ceder a um dos caprichos deles?


Falar é fácil, teorizar também, mas a realidade é muito mais difícil. Segundo a teoria, não se deve ir ao encontro do que é pedido em forma de birra, ao falar… quantas vezes ouvimos “está mimado, fazem-lhe as vontades todas…”. Pois, mas por vezes é difícil, pesa na consciência passar o tempo a trabalhar e ainda contrariar o pequeno que está em fase de medir forças. Seria uma “tortura” estar com o pequeno lá de casa apenas para o contrariar… sim, pois onde eles descarregam e testam mais os limites é no lugar onde sentem mais amor… a sua casa!


Mas ao pensar em todas as questões, também há que analisar o reverso da situação. Os pais não têm tempo, e as crianças tornam-se pequenos reis com uma grande intolerância à frustração, a qual se manifesta em todo o seu contexto. E depois? Depois vem a escola dizer que o menino tem hiperactividade, ou até deficit de atenção… o que fazer? Na verdade é difícil e assusta só de pensar…

Pensemos agora pela cabeça de uma criança: os meus pais estão fora todo o dia, quando chegam dão-me tudo, devem estar a fazer alguma coisa de mal, ou serei eu que os estou a destruir? Sim, inconscientemente para uma criança que sente os pais ‘fracos’, poderá surgir a culpabilidade, culpabilidade por haver a possibilidade de os destruir.


Assim, há que pensar e analisar todas as situações, o melhor pai não é aquele que se acha o melhor, mas sim aquele que pensa que pode ser melhor. Aquele que todos os dias se questiona se estará a fazer bem e porque não falar com outros pais sobre os seus medos e receios. A troca de experiências é, efetivamente muito importante, uma vez que os receios de uns, são os de outros e a partilha tem o poder de os atenuar e, com isso, dar mais espaço à confiança!


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