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Estar só ou sentir Solidão? – Dois conceitos distintos



StartFragmentCertamente que, em algum determinado momento da vida, já sentiu necessidade de se isolar, de se afastar e de estar apenas acompanhado por si próprio. Faz parte dos Seres humanos (apesar de seres relacionais), terem necessidade de algum afastamento, por determinados momentos, em determinadas situações e diria que por vezes, sem mesmo razão aparente – Apenas para ‘silenciar’.


Como tudo na vida, para muitas pessoas, tende a ser um sinal adaptativo (necessário), desde que não se torne excessivo e desde que não altere a sua vida, a sua rotina diária, a vida dos que o rodeiam. Não significa com isso que esteja ‘deprimido’ ou num registo ‘anti-social’.


Poderemos dizer que será apenas uma pausa, na agitação do seu dia-a-dia. Uma necessidade de reflexão e introspecção. De se ouvir e de se encontrar quando tudo corre tão depressa e com o tempo contado. Será mesmo uma mais-valia. Não será então, motivo para preocupação. Contudo, os momentos referidos deverão ser adaptativos e não o contrário.


Mas quando estou só não é suposto sentir Solidão?

De facto, não! Os conceitos são diferentes. Como referimos anteriormente, o estar só deverá ser opção momentânea, sem incluir essa sensação de vazio.

Para melhor compreensão, esclarecemos o conceito de Solidão. Quando contextualizamos a Solidão no âmbito da Psicologia, automaticamente surge uma mais abrangente conceitualização e é possível associá-la a diversos factores:

1. Existe uma constatação psicológica do estado de solidão: O sentimento psicológico de isolamento é o que caracteriza a solidão;

2. Inexistência de reacção emocional;

3. Sentimentos de angústia, insatisfação;

4. A inexistência de um objectivo e significado de vida: A solidão pode dar origem a sentimentos de alheamento, em relação aos outros.

A questões existenciais: O que faço aqui? Qual o meu caminho? (Uma série de questões relacionadas com a própria existência);

5. Deficiência nos relacionamentos: Característica de muitos solitários em que o próprio sentimento alimenta a solidão, como resposta a uma carência afectiva evidente.


Deste modo, podemos concluir: A solidão caracteriza-se pelo sua forma meramente psicológica. É o sentimento convicto de estar sozinho, ‘abandonado’, mesmo quando está acompanhado. A sensação de afastamento e separação emocional do outro.

Podemos referir também o conceito de Isolamento Social. Neste sentido, já falamos de um significado de privação de contacto social, aspectos físicos da separação.

Tenha em conta: Estar só (quando acontece), deverá ser apenas, uma necessidade momentânea e que tenderá a ser uma mais-valia.

Sentir solidão não é o mesmo que estar só! A solidão é sentir-se sozinho.

‘Sentir-se sozinho, entre a multidão’.

Fonte: psicoterapidavidacotidiana.wordpress.com | Autor: Dr. Antonio Maspoli

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