Queixamo-nos da vida em silêncio ou no ombro de alguém. Andamos stressados, cansados, acelerados, sem tempo, sem paz. Temos vontade de fazer não sei quantas coisas e inventamos logo não sei quantas desculpas para não as fazer. Já aquelas coisas “chatas” que temos mesmo de fazer todos os dias, essas fazemos, mais ou menos contrariados, mas fazemos (afinal são obrigações… – REALLY?? QUEM DISSE?? E PORQUE ACREDITASTE?). E depois não temos tempo para o resto?!!
Desculpas! Desculpas estas que nos parecem mais do que lógicas e realistas, colocando a responsabilidade da desculpa em algo externo, na decisão de que o cenário da realidade (aparentemente fora de nós) não é o adequado para que a vontade se manifeste. E arrastamos a vida num estado de misericórdia pela nossa própria insatisfação, perpetuando-a… Como se não houvesse opção, como se fossemos vítimas desta vida e deste mundo. Não devíamos antes ter misericórdia de nós mesmos? Ter compaixão de verdade por nós próprios?! Deixarmo-nos de merdas, de desculpas esfarrapadas, de esperas vãs?!… Seria, no mínimo, mais inteligente. Mas a nossa inteligência está minada de estupidez, de prisões criadas por pensamentos e julgamentos sobre nós proprios, o mundo e os outros. Aiii os outros!!! Dahh…. Costruímos as paredes e depois queixamo-nos que estamos apertados e não nos conseguimos mexer. E depois a sra. mente ouve palavras como estas e inventa logo outra desculpa qualquer: “não é às primeiras que se manda uma casa com tantas paredes abaixo!”. Ora pois não! Começa por não lhe acrescentar mais divisões, por não estreitar as paredes e por não te atulhar em mais caixotes a rebentar disparates pelas costuras.
Liberta-te da falsa noção de falta de espaço (possibilidade) para te moveres. Como as paredes iniciais nunca existiram a não ser na tua cabeça elas caem sozinhas quando a cabeça não as conseguir manter de pé. E este não conseguir é a maior vitória! A vitória de ti sobre a criação da tua própria masmorra! Pára de te queixar….não vês que é isso que te mantém nesse estado de fraqueza e rendição ao aparente inevitável sofrimento? Faz-te à pista porra!!! A vida é toda tua!!! Tu és a vida!!!!!! Não morras aos poucos enquanto estás vivo! Faz isso por ti….POR FAVOR!
Deixa-te cair no abismo do desconhecido…vais descobrir mãos divinas a ampararem-te por todo o lado.