Vamos dar um pontapé no medo!
Esta crónica é especial! Mais do que as que escrevi até hoje? Confesso que sim. Esta marca um recomeço.
Se tenho medo de mudar? Não! Tenho medo de estagnar, de me tornar numa daquelas pessoas que passam a vida a falar mal de tudo o que as rodeia mas também não fazem nada para mudar…os dias passam, os anos seguem…e se alterou.
Mas vamos afastar estes pensamentos! (E hoje estou a escrever um texto ainda com mais pontos de exclamação do que é habitual para perceberem como estou entusiasmada!). Para quem nunca tinha lido as minhas crónicas, as mesmas começaram quando decidi partilhar a minha experiência sobre como me iria preparar para participar numa corrida de 10 quilómetros. Para vos fazer um enquadramento: há anos que não fazia exercício, engordei uns bons quilos e agarrei-me aos doces refinados como escape para tudo o que me acontecia desde que entrei na universidade, situação que se foi agravando ao longo dos anos. E lá consegui! Mesmo sabendo que não estava no pleno da minha capacidade física mas com muita força de vontade.
A mudança vem de dentro…não chega dizer: um dia destes vou começar a fazer “isto” e o “isto” fica em ‘stand by’ e nunca mais acontece. Se vocês forem como eu, para começarem a fazer o “isto” precisam de uma ‘wake up call’ e só quando o vosso corpo vos diz "eu não estou bem" e vos força a parar é que fazem algo para mudar.
Comecei a sentir-me fatigada, a não ter energia, a ver o peso a aumentar e o açúcar refinado tornou-se no meu amigo inseparável. A roupa deixava de servir e eu desabafava essa mágoa com o meu amigo açúcar refinado…esta e todas as mágoas e desafios que me foram surgindo no caminho…o açúcar refinado tornou-se no amigo do quotidiano, como uma droga sem a qual deixei quase de conseguir respirar.
Atualmente tenho 25 (quase 26) anos. Não sou muito fã de exposição e, por isso, não vou partilhar as minhas medidas mas fica aqui a promessa que irei partilhando fotos da evolução e, mais para a frente, falaremos sobre estes dados numéricos (quando os mesmos já não me assustarem tanto).
Exatamente por não gostar muito de exposição é que fiquei reticente quando a Vanessa me perguntou o que é que eu achava de experimentar a mudança de regime alimentar que vem referida no livro “Emagreça em Casa” de Catarina Cachão Bragadeste (nutricionista) e António Lourenço (Treinador), da editora Esfera dos Livros. Lembro-me de dizer: “Ok, é uma ideia mas primeiro quero ver o livro e depois decido”.
O que achei deste livro? Parece que foi feito à medida para mim. Primeiro, não fala em fazer uma dieta, restrições alimentares, jejum, não comer hidratos de carbono…fala numa mudança de estilo de vida e, logo aqui, cativou a minha atenção.
Sabem o que está incluído num estilo de vida saudável? Este tem como princípios uma alimentação equilibrada e variada, o equilíbrio emocional, o exercício físico regular e a saúde mental. E é quando leio esta descrição que digo: “querido livro, conta-me tudo! O que tenho de fazer?”.
“Como enraizar as práticas saudáveis?”, os autores deste fantástico manual (permitam-me que o chame assim), dizem que 12 semanas é o tempo necessário para enraizar práticas nas nossas rotinas, ou seja, torná-las em hábitos.
“Sem dietas, sem passar fome, sem restrições. Apenas com esforço e motivação!”
“A quem se destina o Programa Emagreça em Casa? A todas as mulheres que pretendem «tomar as rédeas» da sua vida, voltando a gostar do seu corpo, através de um plano de exercícios e de alimentação perfeitamente sincronizados, desenvolvido por profissionais”.
Cada uma das 12 semanas tem um plano alimentar, com todas as receitas e um plano de treino, com imagens para descrever cada um dos exercícios que devem ser praticados em casa! Admito que estou encantada com a organização deste programa. Fiquei ainda mais fascinada quando vi que poderei comer doces (saudáveis), como: pudim (de café, laranja, ananás, ovos), espuma de chocolate, sorvete de limão, queijinhos de frutos, bavaroise de papaia…Ementas completas, descritas ao pormenor, em que não deixamos de comer mas aprendemos a cozinhar pratos variados, que não nos deixam passar fome.
O que me proponho a fazer? Irei cumprir este programa e segui-lo durante as próximas semanas. Irei contar-vos, quinzenalmente, tudo o que vai passando, de bom e de mau, comigo, com o meu corpo…acredito que esta partilha poderá ajudar-me a encontrar motivação e que a vocês sirva para vos mostrar que todos nós conseguimos, cada um à sua maneira. E que esta experiência seja o início de um novo estilo de vida, mais saudável, mais rico e mais feliz!