Apesar de sempre ter sido uma pessoa disponível para viver novas experiências, agora vejo que se estas não me podiam tirar muito fora da minha zona de conforto. Ficava nervosa, ansiosa…as energias normalmente não eram as melhores.
Isto também foi sempre o que fiz com a ideia de experimentar outros regimes alimentares ou tentar uma reeducação alimentar. Se como em refeitórios, em restaurantes, em shoppings e outros sítios que me enchem de hidratos de carbono, porque é que vou tentar comer diferente se a sociedade em que vivo me oferece estas opções?
Há anos que lido de perto com a Vanessa Garcez, a minha colega da M.A.D.E. Desde que a conheço que ela sempre teve uma alimentação vegan, a que muitos podem chamar de alternativa ou de “moda de agora toda a gente virar vegetariana”. Mas realmente não é nada assim. Lembro-me dos primeiros pratos que provei feitos por ela e saboreei cada um deles. Como ela agora me diz: “Podemos brincar com as cores. Hoje apetece-me um prato amarelo, amanhã um vermelho…e não estou sempre a comer o mesmo”.
Já repararam como quem segue uma alimentação omnívora acaba por comer sempre o mesmo? Carne com batatas e arroz, peixe com batatas e brócolos (e os brócolos talvez não...). Porque é que as nossas crianças dizem que não gostam de legumes? Porque é que comem à pressa? Porque seguem os nossos exemplos.
Há cerca de 3 meses deixei de consumir leites de origem animal… a ideia inicial seria “abrir guerra” à lactose. Mas acabei por começar a experimentar leite (ou bebida, se preferirem) de soja, de arroz, de aveia...depois do leite vieram os iogurtes de soja…confesso que a única coisa que ainda consumo “de tempos a tempos” é o queijo e mesmo assim em muito pequenas porções.
Esta foi outra das coisas que apreciei, desde o início, no livro “Emagreça em Casa”. Posso dar-vos alguns exemplos de componentes de pequeno-almoço como bebida de soja light, iogurte de soja natural, iogurte sem lactose, chá, café…Não é de todo um livro “tradicional” que nos diga que o leite de vaca é que faz bem e, por isso, as bebidas de origem vegetal devem ser excluídas. Antes pelo contrário, com este plano alimentar elas passam a fazer parte da nossa alimentação.
Estou radiante com a vontade de fazer exercício diariamente. Sinto frustração se há algum dia em que não o consigo fazer. Sei que frustração não é um bom sentimento mas neste caso agrada-me porque há um mês atrás eu inventava desculpa dia sim, dia sim, para não fazer um esforço físico a mais do que o minimamente obrigatório/necessário.
Já me sinto menos inchada, já tenho menos problemas respiratórios e já tenho outra atitude para com a mudança. Se gostava de ver mais resultados e de forma mais rápida? Claro, mas lá chegarei. Tenho tudo o que preciso para lá chegar. Agora só depende de mim, como sempre dependeu só de mim e eu não o via.
Em breve estarei com a doutora Catarina Cachão Bragadeste. E depois, claro, contar-vos-ei tudo sobre a consulta, sobre os progressos e próximos passos. Até lá, cuidem de vós que eu estarei, com toda a certeza, a cuidar de mim.