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A utilização de solários


A utilização de solários aumenta o risco de melanoma maligno

Um estudo recente efetuado por Boniol e equipa, que estudou mais de 10000 casos de melanoma maligno nos últimos 30 anos, mostrou o aumento de risco de melanoma maligno nos utilizadores de solários. O aumento da incidência de melanoma é mais evidente nas pessoas que utilizam pela primeira vez os solários antes dos 35 anos de idade. Este facto torna-se ainda mais preocupante quando cerca de 30% dos utilizadores começam a usar solários com menos de 20 anos. Boniol M, et al. BMJ. 2012 Jul 24;345: e4757


A utilização diária de protetor solar reduz o risco de melanoma maligno para metade

Os adultos que usam protetor solar diariamente podem reduzir para metade o risco de desenvolverem um melanoma maligno. Investigadores australianos mostraram que a aplicação diária durante todo o ano de protetor solar FPS 16 na cabeça, pescoço, antebraços e mãos reduziu a incidência de melanoma para metade na população estudada. Neste estudo, 1621 adultos com idades entre os 25 e os 75 anos foram seguidos durante mais do que uma década. O grupo que aplicou diariamente o protetor solar teve uma redução de 50% de melanoma (11 melanomas contra 22 melanomas no grupo que não aplicou diariamente protetor solar) e

uma redução de 73% de melanomas invasivos associados de pior prognóstico. Green AC, et al. J Clin Oncol. 2011 Jan 20; 29(3).


A utilização diária de protetor solar não causa deficiência de vitamina D

Estudo recente em que foram seguidos 1113 adultos mostrou não existir relação entre a utilização diária de protetores solares e a deficiência de vitamina D. Embora alguns trabalhos anteriores tenham sugerido que a aplicação de grandes quantidades de protetor solar, só utilizadas em situações experimentais, possa reduzir os níveis de vitamina D, este estudo reforça que a sua utilização diária com o objetivo de prevenir o cancro da pele não tem efeito nos níveis plasmáticos desta vitamina. O mesmo estudo mostrou que a utilização de chapéu, mangas compridas, óculos de sol e de chapéu-de-sol também não causa deficiência de vitamina D.

Pelo contrário, a evicção solar de forma sistemática está associado à redução da vitamina D embora dentro dos parâmetros normais. Jayaratne N, et al. Prev Med. 2012 Aug; 55(2):146-50


Durante as férias na praia a utilização de protetores solares de mais elevado fator de proteção solar pode estar associado a maior número de queimaduras solares

Um grupo de investigadores Dinamarqueses efetuou cerca de 11000 inquéritos, durante 2 anos, a turistas que se deslocaram para destinos de praia. Os autores mostraram que 70% dos indivíduos tinham como intenção principal bronzearem-se e que 24% apanharam escaldões solares. Ao contrário do esperado, os escaldões solares foram frequentes nos indivíduos que aplicaram protetor solar de FPS mais elevado. Os autores atribuíram este paradoxo à falsa sensação de segurança conferida pelos protetores solares. Ao aplicar um protetor solar de elevado FPS, os inquiridos consideraram erradamente que estavam totalmente protegidos passando a aplicar menos quantidade de protetor solar, com menor frequência e a prolongar os seus tempos de exposição solar. Concluem que a utilização de protetores solares de FPS mais elevado não exclui a necessidade de cumprir as recomendações de horário solar, procura da sombra e utilização de vestuário protetor. Køster B, et al. Scand J Public Health. 2011 Feb; 39(1):64-9.


Professor João Nuno Maia Silva

Doutoramento em Dermatologia e Venereologia

Hospital CUF Descobertas, Clínica CUF Alvalade


Consulte o folheto da APCC, para saber mais acerca do cancro cutâneo e como identificá-lo.


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