Tendo já conhecido as inegáveis vantagens dos probióticos tradicionais numa perspectiva histórica (ver aqui -> link para parte I), somos presenteados com mais informação que reforça a nossa convicção nas vantagens dos alimentos fermentados.
Demolhar = fermentar
Quem não viu a sua avó a demolhar, da noite para o dia, o grão ou o feijão secos? Por vezes acrescentando umas gotitas de limão?
E a crença de que demolhar tornava esses alimentos “menos indegestos”? Exemplos de um saber prático acumulado ao longo de milénios.
Mesmo sem ter uma explicação técnica para o fenómeno, havia a noção segura da vantagem em demolhar leguminosas.
O processo de demolhar é, de facto, uma fermentação.
E uma das vantagens em fermentar é justamente a maior digestibilidade / biodisponibilidade dos alimentos.
Proteínas, amidos e gorduras são “convertidas” em componentes mais simples e os fitatos são neutralizados.
Minerais como o cálcio, magnésio, ferro... são melhor absorvidos pelo organismo.
As vantagens, porém, não se ficam por aqui.
Aumento / produção de enzimas e compostos químicos úteis ao organismo
Entre outros, ácido fólico, ácido láctico L (+), ácido glucónico, β-galactosidase, vitaminas (sobretudo do complexo B), alguns como o Natto ou o queijo produzem a K2...
Eliminação de toxinas e metais pesados
Os fermentados aumentam a eficácia do corpo nestas duas tarefas, cada vez mais importantes no meio ambiente cada vez mais poluído em que vivemos.
Conclui-se com a noção de que, mesmo não existindo um “efeito probiótico” causado por bactérias e leveduras benéficas, ainda assim valeria a pena o consumo destes alimentos.